Um dos maiores criminosos de Almirante Tamandaré acaba morto em confronto com a polícia Publicado em 3 de março de 2014,9:48 Por Denise Mello e Antonio Nascimento

A população de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, não esquece. No início dos anos 2000, pelo menos 23 mulheres foram mortas em série na cidade. E o principal suspeito, na época, Ananias de Oliveira Camargo, acabou morto nessa madrugada. A morte aconteceu após um confronto com a polícia na frente da casa de outro suspeito, no jardim Bonfim, também em Almirante Tamandaré.Por volta da 1h30 desta segunda-feira (3), policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) receberam informações de que um roubo estaria sendo planejado dentro de uma residência no jardim Bonfim. No local, a polícia encontrou Adir Araújo, um foragido com mandado de prisão em aberto. No momento da abordagem, estacionou em frente à casa um Peugeot. Ao checar a placa, o Bope descobriu que tratava-se de um carro tomado em assalto na noite de sábado (1º) em Quatro Barras, quando duas mulheres foram tomadas como reféns. Uma delas, inclusive, chegou a se jogar do veículo para fugir. Ela foi encaminhada ao hospital e a outra mulher foi liberada pelos bandidos.Ao checar que tratava-se de um carro roubado, os policiais deram voz de prisão ao motorista, que revidou atirando com uma pistola 9 mm. Era Ananias, que foi cercado e acabou morrendo no tiroteio. Ele também era foragido da Justiça.Mortes de mulheres Ananias foi condenado em 2009 pelo assassinato da empregada doméstica Suzana Moura Gazani no dia 20 de abril de 2002, em Almirante Tamandaré. O caso faz parte de uma série de 23 mortes misteriosas de mulheres em Tamandaré – a maior parte nunca foi desvendada pela polícia. Ananias foi condenado junto com Ozana Dias de Oliveira e Adão Ribeiro pelo homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.A promotoria afirmou que o crime foi uma queima de arquivo. Os réus, segundo a acusação, integrariam um grupo de extermínio. Suzana tinha 22 anos quando foi morta. Seu corpo foi encontrado enterrado numa chácara cerca de dois meses e meio depois do crime, em 5 de julho de 2002.Ananias era acusado de outros homicídios, roubo e por formação de quadrilha.  Logo que foi preso,  em 2007, ele foi reconhecido como o autor da morte de um cabeleireiro na região do Cachoeira, na grande Curitiba.

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