Funcionários do IML são alvos de operação policial

A Polícia Civil, por meio do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), deflagrou na manhã desta terça-feira (26) uma operação que tem como alvo uma quadrilha que fraudava o Seguro DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). O esquema envolve funcionários do Instituto Médico Legal (IML). Além disto, o grupo driblava o rodízio de empresas funerárias em Curitiba. 
Estão sendo cumpridos 29 mandados expedidos pela Justiça: 12 mandados de prisão temporária, 14 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. A operação - chamada de Ressurreição - acontece em Curitiba, quatro municípios da região metropolitana e em Ponta Grossa. Entre os alvos da operação estão um médico de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), empresários, funcionários públicos do IML e agentes funerários, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
As investigações acontecem desde julho de 2015, a partir da constatação de irregularidades na liberação de dois corpos do IML. Os integrantes da organização criminosa pegavam informações com motoristas do IML sobre corpos de vítimas de acidente de trânsito. Desta maneira, o grupo tinha dados privilegiados e em tempo real dos óbitos. Cada funcionário do IML recebia R$ 700 por morte indicada à quadrilha.
A partir disto, os suspeitos se passavam por funcionários do IML, da Polícia e até mesmo do Exército para abordar as famílias e tentar obter o seguro DPVAT. Segundo o delegado do Nurce, Renato Basto Figueroa, a quadrilha obtinha procurações das famílias das vítimas para que dessem entrada no seguro DPVAT. 
Uma pequena parte da indenização - que pode chegar a R$ 13,5 mil dependendo do caso - era repassada para a família, enquanto que o restante ficava com a quadrilha. Além disto, o grupo fraudou documentos de locais de morte e chegou a produzir um atestado de óbito de uma pessoa que está viva para poder acessar o seguro de maneira criminosa. 
A Polícia Civil vai repassar mais informações sobre a operação ainda nesta terça-feira. 
Recentemente, outro grupo foi alvo de operação policial pelo mesmo motivo. No dia 31 de março, a Delegacia de Furtos e Roubos prendeu uma quadrilha que abordava pacientes e funcionários de hospitais para obter documentação sigilosa necessária para dar entrada com o pedido de indenização. Cerca de 30% do valor recebido ficava com a quadrilha.
Colaboração Secretaria de Estado de Segurança Pública

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